Parabéns pra você! 19 de agosto é dia de comemorar o aniversário de Marcos Palmeira que completa 59 anos e o Nati na TV destaca alguns papéis marcantes da carreira do ator na TV, cinema e teatro.
Marcos Palmeira nasceu no Rio de Janeiro em 1963. O talento artístico é de família: ele é filho da produtora de cinema Vera Maria Palmeira de Paula e do cineasta Zelito Viana.
Aos 5 anos, Palmeira já estava em frente às câmeras onde participou do seu primeiro longa-metragem 'Copacabana Me Engana' (1968) de Antonio Carlos da Fontoura. Aos 12 anos, sua primeira participação em televisão foi no especial 'Menino Atrasado' na TV Educativa do Rio.
O artista até cogitou cursar psicologia, mas a decisão sobre se tornar ator veio após uma incursão pela tribo Arara, em 1982, no Pará, onde ficou 30 dias com o fotógrafo Luís Carlos Saldanha para a gravação de um documentário. Os Araras não falavam português e ele tinha de se comunicar por gestos - o que impulsionou o seu desejo de atuar. Largou o vestibular e ingressou na escola de teatro CAL (Casa de Artes de Laranjeiras).
Início na Globo
Sua estreia na Globo foi no programa 'Chico Anysio Show' (1982-1990) contracenando com Painho, interpretado pelo seu tio. Nos folhetins, sua estreia foi na novela 'Roda de Fogo' (1986) de Lauro César Muniz, onde fez um rapaz que socorreu Renato Villar após um desmaio.
Em 1987, ganhou o papel de Creonte na primeira fase da novela 'Mandala' de Dias Gomes. Marcos Palmeira também esteve em 'Vale Tudo' (1988) de Gilberto Braga, onde interpretou o jornalista Mário Sérgio. Em 1990, foi Solon na minissérie 'Desejo' de Glória Perez.
Rede Manchete
Ainda em 1990, integrou o elenco da novela 'Pantanal' de Benedito Ruy Barbosa, onde interpretou o jovem peão Tadeu, papel este lembrado pelo público com carinho. Antes de retornar à Globo, estrelou em 'Amazônia' de Jorge Duran e Denise Bandeira, nos papéis de Caio/Lúcio.
Retorno à Globo
Em 1993 foi João Pedro o filho rejeitado pelo pai na novela 'Renascer' de Benedito Ruy Barbosa um papel de grande destaque. Ainda na década de 1990 atuou na minissérie 'Memorial de Maria Moura' (1994) interpretando Cirino, no remake de 'Irmãos Coragem' (1995) no papel de João Coragem, 'Salsa e Merengue' (1996) onde foi Valentim Muñoz, 'Torre de Babel' (1998) com advogado Alexandre, 'Andando nas Nuvens' (1999) com o jornalista Chico Mota.
Anos 2000
Em 2001, Marcos Palmeira foi o pescador Guma, protagonista da novela 'Porto dos Milagres' de Aguinaldo Silva. No ano seguinte atuou nas novelas 'Coração de Estudante' onde interpretou Júlio e na novela 'Esperança', de Benedito Ruy Barbosa, viveu Zequinha.
No ano de 2003 foi o mocinho da novela de Gilberto Braga 'Celebridade', onde viveu o cineasta Fernando Amorim.
Outros trabalhos ainda na década de 2000 foram: o delegado Gilberto em 'Belíssima' (2005) de Silvio de Abreu, o surfista Bento em 'Três Irmãs' (2008) de Antonio Calmon, o empresário Gustavo em 'Cama de Gato' (2009) de Duca Rachid e Thelma Guedes.
Em 2012 interpretou o malandro Sandro na novela 'Cheias de Charme' de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. No ano seguinte, foi o seu Cazuza no remake de 'Saramandaia' e Augustão na minissérie 'O Canto da Sereia'.
Em 2014 interpretou o detetive Pedrosa no remake de 'O Rebu'. No ano seguinte, foi Aderbal Pimenta na novela 'Babilônia', novela de Gilberto Braga. Viveu Cícero em 'Velho Chico' (2016) de Benedito Ruy Barbosa, Toni Pereira na supersérie 'Os Dias Eram Assim' (2017) de Ângela Chaves e Alessandra Poggi e Amadeu em 'A Dona do Pedaço' (2019) de Walcyr Carrasco.
Atualmente, Marcos Palmeira vive o personagem Zé Leôncio no remake da novela 'Pantanal' (2022).
Mandrake
No ano de 2005 viveu o personagem-título da série 'Mandrake', uma coprodução da HBO e da Conspiração Filmes que foi ao ar entre (2005-2007). Mandrake é um advogado criminalista criado por Rubem Fonseca. A série foi roteirizada e dirigida por José Henrique Fonseca, e foi duas vezes indicada ao Emmy.
O ator também apresentou o programa semanal A’Uwe, com documentários sobre as diferentes etnias indígenas do país, exibido por três anos na TV Cultura.
Cinema e teatro
Marcos Palmeira já trabalhou em mais de 30 filmes ao longo da carreira. Ganhou o prêmio Kikito de Ouro duas vezes no Festival de Gramado: de melhor ator coadjuvante pela atuação do personagem Alpino no filme 'Dedé da Mata' (1988) de Rodolfo Brandão, e o de melhor ator pelo Tirica Barrela: Escola de Crimes (1990) de Marco Antonio Cury. Também conquistou o Candango de melhor ator no Festival de Brasília pelo trabalho em 'Anahy de Las Missiones' (1997) de Sérgio Silva.
Foi dirigido três vezes pelo pai: 'Avaeté, Semente da Vingança' (1985), 'Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão' (2000) e 'Bela Noite de Verão' (2009); e três vezes pela irmã em 'Por Dúvida das Vias (1987), 'O Casamento de Louise' (2001) e 'Vendo ou Alugo' (2012).
No teatro, começou fazendo muitas peças infantis, subindo aos palcos pela primeira vez aos 11 anos, em 'Édipo Rei'. Desde os 18 anos atuou em várias montagens 'Chapetuba Futebol Clube' (1984), 'Ligações Perigosas' (1987), 'Othello' (1993), 'Mais Uma Vez Amor'… (2000) e 'Auto de Anjicos' (2007), peça de Amir Haddad na qual dividiu a cena com Adriana Esteves.
Fora dos palcos e das telas, Marcos Palmeira possui uma fazenda de produtos orgânicos em Teresópolis, no Rio de Janeiro.
Marcos Palmeira consolidou uma carreira muito rica, com muitos personagens lembrados pelo público com muito carinho. Ainda não tive a oportunidade de conhecer todos os trabalhos de Palmeira, mas independente disso, destaco que é sempre uma delícia vê-lo em cena e admirar todo o seu talento nas artes.