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Foto do escritorNatália Rocha

Segunda temporada de 'Monstros no Trabalho' mostra um protagonista em meio a dilemas e entendendo quem realmente é

Tylor vive questionamentos sobre ser ou não cômico e descobre que trabalhar com riso pode ser interessante

Imagem dos personagens da série Monstros no Trabalho, disponível no Disney+

Os monstros voltaram ao trabalho. Isso mesmo, já tem mais de um mês que o público tem disponível no streaming Disney+, a segunda temporada da série 'Monstros no Trabalho'.


Inspirada na franquia 'Monstros S.A.' (2001), a série conta com as vozes de John Goodman (James P. Sullivan) o "Sulley", Billy Crystal (Mike Wazowski), Ben Feldman (Tylor Tuskmon), Mindy Kaling (Val Little), Henry Winkler (Fritz), entre outras.


A dupla adorada

Mike e Sulley conquistaram o público no início dos anos 2000 ao se mostrarem funcionários dedicados e lidar com a fofa garotinha Boo, ela que fazia parte de um plano para resolver o problema de crise energética no mundo dos monstros.


Anos se passaram e, em 2013, um novo filme envolvendo a dupla, o 'Universidade Monstros' tinha como enredo Mike e Sulley entrando na faculdade e se preparando para serem "grandes assustadores", mas assim como no primeiro filme, eles se envolvem em confusão e acabam expulsos do campus da universidade.


Novos monstros e mais trabalho

Em 2021, o Disney+ lançou a série 'Monstros no Trabalho'. Com 10 episódios, acompanhamos os acontecimentos um dia após os eventos ocorridos em 'Monstros S.A.', com Tylor Tuskmon, um jovem monstro muito animado que se formou na Universidade Monstros e sempre sonhou em ser um grande assustador. No entanto, ele descobre que assustar não é mais o principal objetivo da fábrica Monstros S.A, e que rir é a meta do momento.


Segunda temporada com novos desafios

Também com 10 episódios, a segunda temporada ainda é focada na jornada de Tylor como um cômico, mas com um detalhe especial: a sua amizade com Val será testada de forma definitiva. O surgimento de novas e inesperadas oportunidades na empresa de energia rival, a Medo S.A., o dilema entre ser um assustador ou cômico, os colegas de Tylor na Monstros S.A. questionam sua lealdade.


Conforme sua relação de trabalho com Val no Andar do Riso vai chegando ao limite, Tylor tem a grande missão de descobrir a que lugar ele realmente pertence.


A segunda temporada conta com participações que convidados que revivem seus papéis do filme Monstros S.A., entre eles estão Nathan Fillion (Johnny Worthington III), Bobby Moynihan (Chet Alexander) e Aubrey Plaza (Claire Wheeler), entre outros astros.


O quanto vale uma boa amizade?

Tylor ostenta a figura de ter sido um grande assustador nos tempos da faculdade, mas assim como qualquer pessoa, ao lidar com um novo cenário, se sente nervoso e preocupado em como deve se sair. Na primeira temporada, ele vai da equipe de manutenção ao Andar do Riso, uma grande mudança e que teve sempre ao seu lado a leal Val, uma ex-colega de faculdade que sempre se lembrou dele, mas ele nunca deu bola, até que se tornam amigos.


Neste segunda temporada, Val é mostrada como a parceira de trabalho dele, algo que ela adora e valoriza, porque para ela, eles são mais do que colegas de trabalho, são amigos de jurar com o dedo mindinho e tudo. No entanto, Tylor parece pensar somente em si mesmo, reduzindo a amizade somente ao ambiente de trabalho e tratando a amiga quase como uma assistente, achando que ela tem que levá-lo ao trabalho, carregar caixas de donuts e ouvi-lo sobre os dilemas sobre ser um cômico ou assustador.


A prova de egoísmo de Tylor foi no momento em que Val comunica que recebeu uma proposta para ser cômica, ele a desencoraja aceitar e se mostra mais preocupado em tentar recuperar uma proposta de emprego na Medo S.A., na qual já havia recusado.


Leva um tempo para ele perceber que foi injusto com sua amiga, mas também perceber o que a equipe de manutenção sempre o considerou como amigo para além do trabalho e como isso deve ser mais valorizado.


Novas ideias, velhos problemas

A energia do riso foi algo colocado na primeira temporada como uma novidade para todos: assustados e o público. Tanto que os monstros tiveram de passar por aulas na empresa e treinamentos para se adaptarem a essa nova realidade de coletar energia.


Nesta temporada, a energia do riso ainda é algo novo, não para o público, mas para a cidade de Monstrópolis e seus moradores. Aos que estavam acostumados com a energia coletada através dos gritos, fazer uma criança humana rir é algo ridículo. 


Isso mostra o quanto novas ideias podem representar uma ameaça para alguns, e ao longo dos episódios, Johnny vai sempre tentando convencer Tylor de que ser um assustador e a energia do grito é o correto, pois isso faz parte da natureza dos monstros. 


O novo é sempre desafiador e essa "novidade" pode ser a chave para descobrir um talento, como foi o caso de Val que sempre ficou apenas em suas funções e assistente, porém, foi se descobrindo uma cômica e mais do que isso: ela tem uma parte estratégica que ajudou muito seus amigos da manutenção nas dificuldades rumo a salvar a empresa.


Os velhos problemas já são conhecidos do público desde o primeiro filme: um CEO da Medo S.A., Johnny Worthington querendo acabar com a Monstros S.A. Esse plot já foi explorado no filme de 2001, com o CEO da Monstros S.A. ​Henry J. Waternoose III, que se uniu a Randall Bogs para utilizar o Extrator de Gritos com Boo. 


Desta vez, Johnny rouba a energia do riso, querendo misturá-la com a do grito, algo que pode acabar com a cidade. Todavia, isso não acontece, graças a Tylor, Val e seus amigos que salvam Monstrópolis e ajuda a recuperar a boa reputação da Monstros S.A.


A série é muito divertida e aos que adoram a franquia, essa temporada é mais uma oportunidade de acompanhar uma história diferente, porém nem tão novidade. Ainda não há informações se haverá ou não uma terceira temporada, mas fico na torcida para que Monstros no Trabalho continue, afinal o ambiente laboral possui tantas possibilidades a serem exploradas e Mike, Sulley, Val, Tylor e companhia sempre terão o que mostrar. 




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